O nome dela é Fernanda Serra

Para a compreensão dos leitores desta história, decidi que diariamente, postarei aqui um depoimento de cada personagem da trama ou pelo menos dos mais importantes. E para começar, vamos conhecer um pouco mais de nossa temível protagonista, a apresentadora de TV, Fernanda Serra: 

   "Meu nome é Fernanda Serra. Só! Na verdade, nem Serra sou, mas meu verdadeiro sobrenome não importa a ninguém à não ser minha família, que aliás não vejo à anos. Pra você ter uma ideia, a última vez que vi meu sobrenome foi quando assinei o atestado de óbito do meu pai! Tenho 30 e poucos anos, mas não vou dizer exatamente minha idade, o importante é que de cinquentinha eu nunca passarei! Apresento (apresentava) um programa diário na TV Network, minha segunda casa há mais de 17 anos. Era um belo de um programa, tinha humor, matérias especiais, mas, segundo meu chefe, após conhecer o trabalho de um coveirinho, disse que meu programa não era mais tão popular como antes. Coveirinho dos infernos! Sempre tentei dar o melhor de mim para o meu programa, mas aquele desgraçado chegou e acabou com tudo. Tudo começou quando eu estava atrasadérrima pro meu programa, naquele dia tinha exibição de um jogo na hora de um programa e eu ficaria com a grade da manhã. Me atrasei por isso, a minha empregada não me acordou naquele dia com o infernal aspirador de pó. Corri à mil por hora mas dei de cara com um trânsito do tamanho de um monstro: Não terminava nunca. E atrasada do jeito que estava, não podia encarar aqueles malditos carros. Peguei um atalho! Como o atalho estava desértico, fui à mil por hora. Mas não sei o que aquele maldito Zé das Covas estava fazendo ali, andando longe de um funeral como se estivesse no lugar mais calmo do mundo. Estava falando ao celular, isso não nego, mas ele estava no meio da rua! Quase matei o desgramado, só não providenciei o IML porquê freei antes de bater nele. Não foi nada! Briguei muito com ele e disse que eu era Fernanda Serra e ele um simples 'classe c'. Isso foi a minha ruína! Saí e não prestei o socorro exigido por lei. Pra quê? Ele estava bem e eu precisava chegar ao estúdio rápido. Mais uma vez o destino me prega uma peça. No roteiro do dia, iria entrevistar um homem que havia achado um corpo vivo dentro de um caixão. E adivinhem quem era esse homem? Ele mesmo: Zé das Covas apareceu no telão do meu estúdio e eu não pude fazer nada. Ele abriu o berreiro, dizendo que eu me achava, que eu era não sei o quê, começou a defender os pobres... Que ódio, que ódio! Mas esta não é a única vez que ele vai me atrapalhar em minha vida, vocês aguardem, essa história vai dar um rolo dos infernos! Dia 6 a gente tem um encontro marcado, vem aí, O Espetáculo!" 

  Aguardem, o próximo depoimento é do simples protagonista Zé das Covas.